quinta-feira, 28 de abril de 2011

No fim do corredor;

Minhas lágrimas pesam demais, e eu não as sinto. Meu coração tem batido, embora tão devagar e no ritmo que sei que ele está ali, mas isso não importa tanto, porque ele já não bate por alguém, não acelera por motivo algum. Eu me sinto sozinha, perdida, como se no fim do corredor houvesse alguém a minha espera, mas esse corredor é longo demais para mim chegar ao final, então eu corro, corro muito a ponto de não sentir os pés, ou o que há embaixo deles, podia estar correndo pelo mar, contradizendo todas regras, ou podia correr sobre as pedras, ainda assim não mudaria; o fato é que mesmo usando todas as minhas forças, e vejo que essas não são poucas, cada passo que eu dou a frente, parece que torna um passo mais longe o fim. Como naqueles sonhas que corremos por horas e não saimos do lugar, isso é fustrante. Se eu tivesse ainda com quem rir de tudo isso, faria da corrida uma caminhada, talvez até parece em algum ponto, para sentar e admirar tudo que tem ocorrido; mas sozinha, já não há nada. Por quanto tempo vou suportar a idéia de viver sem ninguém, correndo em busca do fim do corredor?

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