quinta-feira, 23 de junho de 2011


Mãe, você deve ter algum distúrbio mesmo! Eu te chutei, e você alertava a todos sobre as minhas vibrações. Eu te fiz sangrar, chorar e gritar de tanta dor só pelo ato de nascer, e a primeira coisa que fez ao me ver, foi me beijar, mesmo estando numa mesa fria, numa tarde chuvosa de inverno. Você me amou mesmo sem me reconhecer, cuidou de mim mesmo quando não tinha forças pra se manter, me deu você de presente pra que eu pudesse viver. Como posso te merecer, Mãezinha? Você me atura todos os dias, todos os erros, todas as mágoas que eu te causei e causo mesmo não querendo. Você me espera acordada toda noite, e prepara meu café da manhã com tanto carinho. Como não te amar tannnnto? Você, Você, Você... me levantou e curou meus machucadinhos sempre que eu cai, e quando eu estive doente, você não saiu do meu lado. E quando tenho medo do escuro, Mãe, você é a primeira a me abraçar. Eu queria poder ser uma filha muito melhor do que sou, te abraçar e beijar muito mais. Afinal, se não fosse por mim, o que seria de você? Apenas mais uma mulher no mundo. Eu te amo muito, e nenhuma briga de meia-idade ou experiência vai fazer isso mudar. Eu tenho esse meu jeito estranho, mas aqui dentro de mim tem um coração que bambeia muito, mais muito forte só por olhar nos teus olhos. Mãe, sua bobona e chorona, eu não tenho mais palavras pra você, todas parecem insignificantes perto do que você é... Por isso direi apenas a mesma pequenina, bela e sincera de sempre: "Mãe"!

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